domingo, 10 de maio de 2009

Autenticidade e a Pobre da Ovelha Negra

É, não é todo mundo que dá conta de ser "ovelha negra"!

Toda família tem um favorito, exceto as famílias dos filhos únicos. Aí fica bem claro quem manda na casa... mas nas famílias com mais de um filho, sempre alguém é privilegiado.

Não que os pais não tenham que ter seus favoritos. Acho normal gostar mais de uma pessoa que de outra, uma que tenha uma personalidade que combine mais com a sua.

Mas daí até deixar outros na posição de "ovelha negra" é muito chão.

"Todo mundo erra." A gente sempre escuta... estar sempre errado é que é um conceito inquietante, chato, até.

Na minha família não é diferente... e esse é um rótulo que sempre tentei quebrar. Nunca quis ser a "ovelha negra", a sempre errada, a "criadora de caso",
mas o preço é alto demais: ser sempre "boazinha", "fofinha", "delicadinha", "quietinha","comportadinha".... quem me conhece sabe que "inha" não é lá um bom sufixo pra me descrever.

Por isso resolvi homenagear as "ovelhas negras" nesse post: aquelas pessoas que não bancam ser aquilo que os outros esperam delas, que preferem ser felizes a terem razão, que dão conta dos preconceitos, rótulos, olhares feios, discussões, confrontos, conflitos e até vontade de dar um ataque e segurar a onda, quando os favoritos fazem pouquíssimo ou nenhum esforço por reconhecimento.

Eu sou mesmo OVELHA NEGRA, sem aspas e com letras maiúsculas, de carteirinha... sempre fui e sempre vou ser... minha autenticidade custa mais caro do que uns meros elogios e uns poucos tapinhas nas costas.

Decidi ser favorita em MEU lar, o lar que construí e que trabalho muito pra manter.

Aqui todos são negros e as ovelhas brancas que se cuidem... elas é que não são bem-vindas aqui, com suas hipocrisias e mentiras, suas caras de paisagem e seu medinho de conflito.

Ovelhinhas branquinhas, peguem seus "inhas", dobrem, torçam, e enfiem.... no blog de outra pessoa!!!

rsrsrs

Beijo, tchau!

9 comentários:

  1. Oi Rê, ADOREI! É isso mesmo, é melhor ser a ovelha negra que ser esse monte de "inhas", rsrs. Eu realmente precisava ler isso hoje.
    Um beijooooo,
    Cris.

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  2. HAHAHAHAHA Adorei essa homenaaagem às Ovelhas Negras, Rêeee!! Me senti em casa agora. Nunca fiz questão de ser a 'inha' daqui, nem de ser a 'diferente', mas já que eu fui considerada, tenho orgulho de ser, né Rê? De antipática a ovelha negra legal! haha Beijoos, te adoro.
    Gy

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  3. Ah vou defender a ovelha branca, as vezes ser a querida de casa, ter sua mãe como uma grande companheira é uma delicia. Tenho que discordar também dessa historia de filho favorito, acho que pode ter casas como a minha e você sabe que eu não estou mentindo que cada um é querido para uma coisa e o amor consegue ser equilibrado.
    Beijocas Rita

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  4. pode ter ovelha cafe com leite? nem negra nem branca? rsrsrs
    na adolescência achava que era a ovelha negra, mas depois fui conquistando a minha familia com o meu jeito de ser,saí da fase rebelde e fiquei amiga da familia. Meu irmão sempre foi ovelha negra, e é até hoje. Mas penso que muitas vezes está certo. Ele não faz um esforço enorme pra agradar os outros se ele não ta a fim. Fica ausente porque está sempre muuuuuuito atarefado, mas quando a saudade bate, aparece nem que seja 15 minutinhos. Bjs,
    Fernanda

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  5. Negro, branco, amarelo...

    não importa a cor que eu encontre para me caracterizar, pois ainda que num processo longo e por vezes doloroso, encontrei o entendimento: sou como sou.

    Não estou fazendo apologia à "Síndrome de Gabriela" ("eu nasci assim, vou morrer assim, gabrieeela...")
    Estou colocando (para mim mesma e a quem possa servir...rs) que o maior crivo de aceitação sou eu própria. E a maior prova disso é o amor próprio.

    Assim, o resto se tornou resto.

    bjins, Dan.

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  6. Queridos e queridas,

    jamais imaginei que esse pequeno e singelo tetxo fosse criar tanta polêmica.

    É um texto meramente ilustrativo, uma ode à autenticidade, por assim dizer.

    Não tive, em momento algum, intuito de criticar as "ovelhas brancas", nem apologizar as "ovelhas negras", mas apenas destacar o orgulho de não ceder às pressões para ser igual ou fazer parte de grupo algum.

    Jamais disse que o amor não é possível ser equilibrado, mas sim impossível ser igual.

    E que o maior amor precisa (pelo menos ao meu ver) ser o amor-próprio, acima das leis e regras do ambiente.

    Mesmo assim, agradeço imensamente a contribuição de cada um.

    Fico feliz em ver que ainda estamos questionando saudavelmente nossas introjeções.

    Beijos, Rê

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  7. Engraçado como são as pessoas: todo mundo gosta de classificar alguma coisa em 'bom' ou 'mal'. Acho meio difícil tentar entender, somente como uma coisa ruim, as ovelhas "negras", aquelas párias de algumas famílias. Também não consigo ver as ovelhas branquinhas como as que são boazinhas.

    O fato é: TODAS SÃO OVELHAS! Portanto, seguem as ordens e os rumos de um pastor, obedecem às mordidas que os cães lhe dão para voltarem ao caminho destinado e no final, sempre perdem sua linda lã.

    Conclusão: todos perdemos e todos ganhamos e nossas relações. O que importa é como vc levanta depois de uma porrada. Seja vc ovelha branca, negra, café com leite, azul, com bolinhas vermelhas ...

    Beijos,

    Bruno Daesse

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  8. Prima adoreiiiii a reflexão !!!!!
    bjus Cela

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  9. Gostei do texto, tenho uma crônica sobre ovelhas negras. Eu sou uma ovelha negra desde o início da adolescência e na fase adulta sou um monte de coisas que minha família não entende, tais como: 4E (excêntrico, exótico, estranho e esquisito), aventureiro do conhecimento, herege ateu, ocultista cético investigativo, artista literário performático e sem-filhos. Apesar de tão fora dos padrões eu tenho amigos, amigas, colegas, contatos e consigo namoradas, mesmo que com dificuldade.

    Esse texto é bem interessante mesmo, sendo que hoje em dia eu me considero uma ovelha cinza, que é ainda mais complexa. rs

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