domingo, 1 de novembro de 2009

O que são os amigos?


Amigos são amores nem sempre declarados.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Porque nada justifica sentirmos suas dores,
Chorarmos seu pranto,
Desejarmos o seu melhor, ainda que a transição lhes doa.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Porque nada explica querermos defende-los,
Não conseguimos não cuidar deles,
Não damos conta de não prioriza-los,
E nada conseguimos esconder deles.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Porque seu sorriso nos alegra,
Sua alegria nos conforta,
Sua vitória é nosso campeonato mundial,
E tudo deles nos importa.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Porque acabam com nosso egoísmo,
São essa coisa incômoda que mexe com nosso sossego,
Pessoas que nos tornam dependentes e bobos,
Querendo acolhimento quando sofremos.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Porque redimem nossa alma
E nos tornam seres sociais.

Amigos são a coisa mais estranha desse mundo,
Nos preenchem e nos fazem sentir vivos.

Amigos são a melhor coisa desse mundo!


Meu grande beijo a vocês, meus chatos amados, meus “preenchedores”. (Bibi e Suka, Cacau - Claudia Accacio - Rodrigo e Vanessa, VM e Ném, Dedê, Tarcio, Shirley, Kikita, Bazinha, Ro, San, Nega, Marcinha, Fabi e todos os outros)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

"A little less conversation..." - Vocabulário e Relacionamento



Eu ando muito preocupada com o futuro da comunicação e dos relacionamentos humanos.

De acordo com a Abordagem Gestáltica, o ser humano só pode ser compreendido a partir de seus relacionamentos, suas interações, suas trocas. E como bem podemos concluir, a base de todo relacionamento é a comunicação, ou seja a capacidade expressiva e a disponibilidade de cada indivíduo de se colocar em relação.

É através da comunicação que oferecemos nossos conteúdos e recebemos o que aquele ou aquilo com quem nos relacionamos tem para nos oferecer. Utilizamos nossos 5 sentidos, movimento e fala para entrar em um contato, mas também são esses mesmos recursos que utilizamos para interromper qualquer contato – especialmente se este contato não for proveitoso ou for ameaçador.

Em uma breve explicação, é assim que nascem as “disfunções de contato”: as interrupções que a princípio serviam para nos proteger de um contato indesejado, tornam-se ferramentas de uso constante em diversas formas de contato, à mínima semelhança com aquele contato que foi necessário interromper em um primeiro momento.

Dito isso, é a este ponto que entra em cena minha preocupação com o futuro dos relacionamentos: vejo, a cada dia, um empobrecimento sistemático no vocabulário das pessoas e, consequentemente, observo, com certa constância, o que deveria ser forma expressiva tornar-se interrupção de contato. Trocando em miúdos: a fala (e o vocabulário) que deveria ser usado para comunicar algo, pode ser (e vem sendo) utilizada para distrair e até irritar o interlocutor. E observo este padrão, principalmente, quando aquele que comunica tenta fazer com que sua fala fique parecendo mais “elaborada” do que efetivamente ou necessariamente seria para uma comunicação eficaz.

Alguns exemplos disso (e meus favoritos) são o uso indiscriminado das palavras “então”, “enfim”, da expressão “a nível de” , a outra expressão favorita da juventude de hoje: “tipo assim” e daquilo que os especialistas em lingüística chamam de “gerundismo”.

A palavra “então” e a palavra “enfim”, que vêm sendo usadas para oferecer ao locutor um tempo adicional para pensar (só posso concluir isso quando alguém começa a responder a um pergunta com “Então...” ou tenta concluir um pensamento com “Enfim...”) são, na verdade, advérbios de tempo, ou seja, deveriam ser utilizados para indicar um momento ou situação fora do presente.

Eu fico pensando: será que este fenômeno é fruto da falta de contato com o presente, em nossa sociedade? Será que estamos vivendo em tempos de enfim e então?

Outro fenômeno lingüístico é o “a nível de”. Vai querer falar bonito assim lá em casa! Elaborando um pensamento que não é o simples “comparado com”, mas sim um nivelamento subjetivo que demonstra uma comparação mais, digamos assim, erudita. O único problema é que “a nível de” está errado, do ponto de vista lingüístico, em todas as circunstâncias. Sendo assim, “a nível de falar bonito”, fale corretamente e se comunique! Isso é que é bonito de verdade.

Existe ainda a expressão que complica mas não explica, e talvez por isso seja a mais utilizada entre os jovens: “tipo assim”. Meu pensamento viaja com essa expressão. “Tipo assim”, especialmente quando substitui uma frase inteira (“Cara, é tipo assim, você sabe!”), não explica absolutamente nada, mas reflete um desinteresse quase absoluto em dar satisfações ou explicações. Pode refletir uma certa preguiça em elaborar um pensamento, mas, definitivamente, exclui o interlocutor do campo dos pensamentos e sentimentos do locutor. De repente é isso mesmo: interrompendo o contato dessa forma, não se precisa violar a preciosa privacidade de quem comunica (ou esconde). O problema é que o “tipo assim” ou o seu irmão menor, o “tipo”, viraram uma espécie de cacoete e se tornam verdadeiras vírgulas, na fala de muita gente.

Outra interrupção de contato – pelo menos comigo, interrompe mesmo – é aquilo que os especialistas em lingüística chamam de “o fenômeno do gerundismo”. É isso mesmo: o sufixo “ismo” é referente a doença e o gerundismo se prolifera como um vírus. Há quem diga que é um fenômeno resultante da necessidade de formalização vocabular dos operadores de telemarketing, mas eu, na mesma linha de pensamento que venho seguindo, acredito que a criação lingüística de um “futuro do presente no gerúndio” só pode comunicar uma falta de contato com o presente bastante sintomática. “Eu vou estar fazendo...” comunica tanto que não estou fazendo quanto que não vai ser simples fazer: eu não vou simplesmente fazer, eu vou estar fazendo, naquele momento de tempo que será o presente, em que o meu estado será fazer. Complicado? Que nada! É só não fazer... é estar fazendo, um dia, então, tipo assim, enfim.

Todas essas formas de má utilização das palavras me levam a concluir que o comportamento e as relações estão em maus lençóis, uma vez que podemos observar que quem fala não está em contato com aquele a quem fala.

“Tipo assim”, eu acredito que quanto mais pobre for o vocabulário e a capacidade expressiva de uma pessoa, mais pobre é seu pensamento e menos questionamentos ela pode gerar. Dessa forma, vocabulário pode sim se tornar uma forma de controle social: “emburrecendo” as pessoas, consigo fazer com que elas acreditem e aceitem o que vier.

“A little less conversation” é uma canção de meu querido Elvis Presley, cujas primeiras linhas dizem “Um pouco menos de conversa, um pouco mais de ação, por favor”. Vou trocar “ação” por “contato”. Por isso, que tal falarmos um pouco menos e fazermos um pouco mais de contato?

Beijo, tchau!


PS.: Um texto muito bom que encontrei em minhas pesquisas para este post foi:

http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=AqIPL8D617egku_pilAOUQbx6gt.;_ylv=3?qid=20090326084709AAo2ijJ

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Longo e Tenebroso Inverno do Luto

Acordei me perguntando: como é que isso funciona? A gente que faz o luto, ou o luto faz a gente?

Ando “encucada” com isso...

Mas depois de algumas perdas, começo a perceber que é o luto que tem me feito.

Quando a gente perde algo muito precioso, o sofrimento é inevitável. Quando a gente perde aluem muito amado, abre-se uma fenda no chão. Depois disso, o abismo.

Descemos ao abismo da dor, escarafunchamos nossos sentimentos, arrependimentos, memórias, revemos nossos conceitos, a forma como temos nos relacionado, nossos “e se”...

E então, de alguma forma mágica, por alguma razão inexplicável, o abismo começa a fazer sentido. A dor começa a fazer sentido. A vida recomeça a fazer sentido.

O nome disso é contato.

É a partir do contato que o abismo começa a nos moldar: começamos a aprender com esse novo lugar em nossa vida, começamos a poder reavaliar e transformar aquilo que precisa ser transformado e iniciar novas jornadas rumo a novos territórios ainda não revelados.

Quando escolhemos fazer morada no abismo, na depressão, na dor, na perda, perdemos a oportunidade de explorar o novo território e aprender com ele, aprender a sair dele, aprender a nos reconstruir.

Como meu amado pai sempre dizia: “Cada pergunta contém dento de si mesma sua própria resposta.” – acho que posso aprender com ele que cada abismo contém em si mesmo o caminho para que eu possa sair dele.

É... o luto dói, rasga, destrói... mas mata dentro de nós o velho e abre espaço para o novo.

Acho que hoje vou escolher dizer que não sou eu quem faz o luto. É o luto que me faz.

Beijo, tchau!

domingo, 10 de maio de 2009

Autenticidade e a Pobre da Ovelha Negra

É, não é todo mundo que dá conta de ser "ovelha negra"!

Toda família tem um favorito, exceto as famílias dos filhos únicos. Aí fica bem claro quem manda na casa... mas nas famílias com mais de um filho, sempre alguém é privilegiado.

Não que os pais não tenham que ter seus favoritos. Acho normal gostar mais de uma pessoa que de outra, uma que tenha uma personalidade que combine mais com a sua.

Mas daí até deixar outros na posição de "ovelha negra" é muito chão.

"Todo mundo erra." A gente sempre escuta... estar sempre errado é que é um conceito inquietante, chato, até.

Na minha família não é diferente... e esse é um rótulo que sempre tentei quebrar. Nunca quis ser a "ovelha negra", a sempre errada, a "criadora de caso",
mas o preço é alto demais: ser sempre "boazinha", "fofinha", "delicadinha", "quietinha","comportadinha".... quem me conhece sabe que "inha" não é lá um bom sufixo pra me descrever.

Por isso resolvi homenagear as "ovelhas negras" nesse post: aquelas pessoas que não bancam ser aquilo que os outros esperam delas, que preferem ser felizes a terem razão, que dão conta dos preconceitos, rótulos, olhares feios, discussões, confrontos, conflitos e até vontade de dar um ataque e segurar a onda, quando os favoritos fazem pouquíssimo ou nenhum esforço por reconhecimento.

Eu sou mesmo OVELHA NEGRA, sem aspas e com letras maiúsculas, de carteirinha... sempre fui e sempre vou ser... minha autenticidade custa mais caro do que uns meros elogios e uns poucos tapinhas nas costas.

Decidi ser favorita em MEU lar, o lar que construí e que trabalho muito pra manter.

Aqui todos são negros e as ovelhas brancas que se cuidem... elas é que não são bem-vindas aqui, com suas hipocrisias e mentiras, suas caras de paisagem e seu medinho de conflito.

Ovelhinhas branquinhas, peguem seus "inhas", dobrem, torçam, e enfiem.... no blog de outra pessoa!!!

rsrsrs

Beijo, tchau!

terça-feira, 28 de abril de 2009

A Mãe de Todas as Dores

Quem será que pariu as dores?

Tem que ter sido uma dor emocional.

Não é por eu ser Psicóloga e estar acostumada a lidar com dores emocionais todos os dias não! É por eu saber que sentir e não entender o que se sente dói mais do que doer no corpo.

É por isso que eu tenho uma leve desconfiança de que a mãe de todas as dores é a dúvida.

Dúvida sobre o amanhã, dúvida sobre o hoje.

A dúvida é cinza, é nem lá, nem cá.

É um não saber que gera todo tipo de insegurança e medo, e medo gera instabilidade, desassossego.

Vendo as vidas e não sabendo aonde vão, vendo o mundo e não sabendo como curá-lo, sinto medo. Depois, a dor.

Tantas vidas doloridas, tantas dores que viram atos de violência, tanta violência que gera mais dor e mais medo, tanto medo que gera pânico, tanto pânico que gera isolamento, tanto isolamento que gera solidão... tanta solidão que dói.

É, acho mesmo que a mãe de todas as dores é a dúvida que gera o medo.

Mãe maldita! Por que você tinha que parir um filho tão feio e tão fértil?

Tanta gente querendo ser mãe e justamente você foi ter essa sorte!?

Agora vá parir outra dúvida! Não uma dúvida cinza, mas uma cor de rosa! Uma dúvida de um não saber sem medo, uma dúvida que me diga que já que eu não sei, melhor arriscar, melhor não ter medo de sofrer, melhor não ter medo de encarar, melhor SENTIR!

Vá parir, mãe fértil, que eu te ajudo. Não tenha medo. Não duvide.


(Renata Escarlate, 16/04/2009)

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sexualidade e fé cristã

Olá Renata!
Vivo um dilema... sou evangélica, tenho 32anos, divorciada há 5 anos. Apesar de pertencer à uma igreja renovada, ou seja, não-tradicional, ela tem suas doutrinas baseadas e firmadas na bíblia.

Vivemos num mundo onde os relacionamentos hoje são um "pré-casamento": você prova primeiro pra ver se gostou, se tem afinidade e a famosa "química".
No caso da religião que sigo, segundo os preceitos bíblicos isto não é correto aos olhos de Deus.

Já fui casada, gosto muito do "esporte", porém vivo esse conflito principalmente quando me relaciono com pessoas que não seguem a mesma "religião" que eu.
E agora? como saio dessa sinuca? Como ter vida em santidade conforme recomenda a bíblia e como me satisfazer enquanto pessoa? (anônimo)

Quando li este comentário, confesso que cocei minha cabeça e fiquei pensando: "Vai dar problema!" (rsss), mas como a proposta deste blog é ajudar as pessoas e debater os temas que VOCÊS trazem, resolvi que tinha um compromisso com meus leitores de responder e tentar audar a essa pessoa.

Gostar do esporte... adorei essa parte! Ainda bem que você gosta, né, gata! Porque tem muuuuuita gente que não gosta e isso mostra o quanto você é saudável.

Parte boa concluída, vamos à parte difícil: conheço um pouquinho o protestantismo e compartilho de váááárias idéias da fé cristã protestante, bem como a católica. O que vou dizer aqui diz respeito ao meu ponto de vista filosófico, acerca da sexualidade cristã.

ATENÇÃO: NÃO ESTOU PREGANDO CONTRA NEM A FAVOR DA FÉ ALHEIA!!! NÃO TENHO NENHUM INTERESSE EM DILAPIDAR CONVICÇÕES - SÓ ESTOU RESPONDENDO À PERGUNTA QUE ME FOI FEITA!!!

Eu consigo compreender que algumas pessoas possam escolher manter relações sexuais apenas após o casamento, mas não vejo muita saúde nisso, do ponto de vista psicológico. Acredito, como profissional, que seja muito importante saber com quem você está se envolvendo, antes de estabelecer um vínculo mais profundo com essa pessoa. Você não conta seu maior segredo ao seu amigo só depois que ele assina um termo de compromisso "anti-fofoca", não é?

Da perspectiva filosófica, o que me intriga são os interesses por trás dessa doutrina: ela só gera ansiedade e comportamentos disfuncionais - ou as pessoas saem casando às pressas, ou ficam desesperadas para casar, ou transam e morrem de culpa, o que mais tarde, é claro, vai transformar a sexualidade da pessoa em um grande tormento.

Mas o que mais me intriga é: nos tempos Bíblicos não havia, por exemplo, cartório. Mas as pessoas se casavam, não é? As mulheres não podiam falar em público, nem usar calças, nem trabalhar fora. Não se usava método contraceptivo porque este não existia. Poucas pessoas eram alfabetizadas e as que eram tinham esse direito por serem ricas. Não existia democracia, só monarquias e governos de províncias. As roupas eram feitas de estopa, linho ou aniagem. As sandálias eram simples. Um convidado estimado tinha seus pés lavados. etc.

Quais dessas coisas acontecem hoje? É pecado usar roupa bonita ou sandália cara? E se eu não lavar os pés do zelador do meu prédio quando ele me traz correspondência? Eu o estimo, mas não quero lavar seus pés. Quão grave é meu crime? Ih, eu sou mulher e sei ler e escrever e várias mulheres estão lendo isso agora! Haram! (pecado em árabe)

Estou brincando assim para descontrair mesmo, mas meu objetivo é mostrar que as doutrinas bíblicas foram contextualizadas, naquilo que era interessante, mas abomina este tipo de questionamento.

O casamento é sagrado sim e a família também, mas o que quero dizer é que até o divórcio a igreja protestante aceita, como você bem sabe, querida leitora, e acho isso louvável, mas com discrição, acho que sua vida sexual pertence somente a você.

Não vejo como Deus possa amaldiçoar o melhor "esporte" que Ele criou.

Espero ter ajudado.

Beijo, tchau!

Amor, Rê

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O que é Gestalt-terapia - parte 1

Gestalt-terapia (ou sem o hífen, após a droga da reforma ortográfica) é um conjunto de teoria, metodologia técnica e filosofia que uniu o melhor da Psicologia ao melhor das filosofias orientais.



Tá bom, tá bom, eu sou apaixonada por Gestalt-terpia, ou GT, como a gente costuma chamar, mas objetivamente (ou tentando ser objetiva), quando digo que a GT une o melhor dos conceitos teóricos, técnicos e filosóficos da Psicologia não quero dizer que a GT é melhor do que as outras abordagens psicológicas, não! Só aproveitou o melhor das teorias e técnicas psicológicas porque é uma abordagem "aberta", contextualizada, cujo conceito central abarca a maior parte dos conceitos psicológicos existentes.



O ponto central da GT é a busca da "melhor forma possível": a GT trabalha com as potencialidades das pessoas, buscando o melhor lado delas, o contato com suas qualidades e forças, para a partir delas conquistar aquilo que desejam ou precisam da melhor forma possível, ou seja, de acordo com o que a pessoa pode, aproximá-la de seu ideal de equilíbrio.



Outra parte muito importante do trabalho da GT é a questão temporal: como todos nós sabemos, ou deveríamos saber, só o presente é real. O passado é uma lembrança e o futuro uma fantasia. Quaisquer dores do passados ou ansiedades acerca do futuro só podem ser endereçadas no presente, como incômodos desatualizados (e a partir das potencialidades) que devem ser trabalhados com doçura e acolhimento, mas sempre na direção do equilíbrio, do alívio.



Isso se faz através de outros dois conceitos muito importantes: contato e figura-fundo.



Contato é uma conexão genuína, não um estar com, mas um sentir-pensar-agir coerente. Contato é o equilíbrio entre essas três forças, em uma relação, seja da pessoa com o mundo externo a ela, seja da pessoa consigo mesma.



Relação figura-fundo: a relação figura fundo diz respeito ao mundo emocional-perceptivo de cada pessoa. Figura é aquilo que se destaca do fundo (pode ser uma experiência, uma sensação, uma emoção, um sentimento, uma dor, um pensamento), chamando a atenção para uma necessidade emergente, algo que precisamos ou desejamos resolver.



Já o fundo é o nosso "mundo inteiro": todas as nossas emoções, pensamentos, conceitos, sentimentos, experiências, valores, crenças... tudo o que apreendemos e vivemos compõe o nosso fundo. É como uma forma de inconsciente, mas muito ampliado, inclusive porque pode ser acessado a qualquer momento ou evocado por um estímulo externo, não necessariamente rememorado, mas faz parte de todas as relações figurais, já que a figura emerge do fundo, mas nunca se destaca dele.



A relação figura-fundo é um campo de forças, onde o fluir da energia entre um e o outro é quem determina o equilíbrio do ser humano.








Esta ilustração é um exemplo sempre utilizado para demonstrar a relação figura-fundo. Ela pode ser vista como uma taça ou pode ser vista como dois rostos humanos próximos, ou ainda como duas pessoas prontas a se beijar. Tudo depende da relação que cada um estabelece com a figura.


Para que eu não me alongue demais, o que vocês acham de eu explicar as utilizações práticas da GT em outro post? Acho que se eu continuar por aqui, ou vocês morrem de tédio ou ninguém lerá o post até o fim... rsss


Respondi um pouquinho a sua pergunta, Victor?


Por hoje, é só... logo, logo tem mais.


Beijo, tchau!